0
comentários
É possível fazer algo sem investimento de libido?
Para Freud, pode-se fazer algo sem
investimento de libido?
Ao analisarmos a questão psicanalítica
freudiana, e falarmos de princípio de prazer, será que,conseguimos
então; efetuar uma ponderação sobre as causas e motivos do
investimento de libido?
Em uma breve discussão com alguns
alunos de psicologia alguns dias atrás, entramos nessa questão após
uma aula de psicanálise, onde a indagação que foi feita era:
-Então, segundo Freud, será que é possível fazer algo sem que
haja o investimento de libido? Ao
ver o tamanho da complexidade da pergunta, conseguimos após uma
discussão imensa, chegarmos ao um ponto em criamos um senso comum
entre todos. Porém, vamos aos detalhes:
O que seria a
libido? E o investimento dela?
Para freud, a
libido é todo tipo de prazer que você tem seja ao fazer algo, ou
então para conseguir se movimentar e logo reproduzir esse mesmo
algo. Pode ser tanto uma consequência, como um tipo de motivação
para realizar uma ação, ou coisas afins. Em sua teoria, Sigmund
sempre teve como um pressuposto primordial, a ideia de princípio de
prazer, que dizia que; tudo que pode ser planejado e logo após o
planejamento, efetuado de forma concreta ocorre por conta desse
princípio. Uma vez em que é esse estímulo que libera as primeiras
sensações de prazer ao começar a planejar o que vai ser feito e as
consequências depois disso.
O que vale lembrar,
e que muita gente confunde ao estudar a vida do psiquiatra
Alemão-Austríaco, é de que muita das vezes, conseguimos ver esse
prazer que ele menciona sempre em suas obras, relacionado com um
prazer sexual, quando não é isso que ocorre. Para Freud, a ideia de
uma vida sexual sem traumas, inseguranças e medos, traria
futuramente um inconsciente saudável, sem risco de trazer patologias
pro consciente ao conseguirmos fazer essa transferência mental entre
os dois principais tipos de consciência. Ou seja; neste artigo, não
descarto que boa parte da teoria seja feita em cima de prazer sexual,
porém não ela toda. Acrescento mais, já que o prazer e o princípio
dele é primordial para todo e qualquer tipo de ação, ou pelo menos
quase toda. Mas ainda vamos chegar na resposta final para essa
pergunta.
Existe alguma coisa
que podemos fazer, que dispensa o uso de libido?
Ao levantarmos essa
indagação, começamos então a trazer exemplos de coisas simples e
também de outras coisas mais complexas para analisarmos se
conseguiríamos chegar em ponto da discussão onde encontrássemos a
não-necessidade do uso do princípio de prazer para realizar algo.
Segue abaixo os exemplos que utlizamos:
Prontamente, eu
mesmo disse: - Bom, pensem comigo, todos os dias sei que preciso ir à
faculdade, porém, existem alguns dias que não estou nem um pouco
afim, vou por obrigação, seria então essa uma ação sem a
necessidade de investimento de libido? Errado! Mesmo que eu esteja
indo sem nenhum prazer aparente, pela lógica o pensamento é a longo
prazo, lembrando-se de que; futuramente terei meu diploma e
conseguirei exercer a profissão dos meus sonhos. Ou seja; até
quando você pensa não investir a libido, você investiu sim! Isso
pode ocorrer para várias outras coisas que eu posso citar aqui.
Um outro exemplo
que levantou mais questionamentos ainda foi o da minha amiga quando
perguntou: Porém, o fato de que eu fique de luto pela morte de um
ente, uma pessoa próxima, não mostra nenhum investimento de libido
aparente.
Por alguns segundos
o silêncio pairou na sala onde estávamos, até que eu pensei e
disse: Porém, você só está de luto, porque aquela pessoa era
especial para você e não podia deixar que a partida dela de forma
repentina e definitiva desse mundo passasse em branco, então houve
sim um investimento de princípio de prazer na questão do luto.
E continuamos assim
por mais algum tempo até nos rendermos perante a ideia freudiana e
aceitar de que tudo, absolutamente tudo; até mesmo as situações
aversivas decorrentes de fatores externos e internos dependem sim de
um investimento de libido para que algo ocorra. Sim, Freud é o cara
e sempre esteve certo!
Afinal o que é motivação?
É normal vermos todos os dias nas redes sociais, pessoas postando fotos ou frases motivacionais, com o intuito de mostrar que tudo está bem, ou então até mesmo querendo ajudar quem lê, mostrando que a pessoa é capaz de qualquer coisa. Claro, se partirmos do pressuposto que quem faz isso, o faz para tentar ajudar de alguma forma, é louvável a atitude desse sujeito.
Contudo é necessário entender a seguinte questão: É possível afinal, motivar outras pessoas? E se sim, o que é essa motivação?
Geralmente essa palavra sempre está ligada à momentos de fraquezas, depressão, desânimo. Porque quando alguém se encontra nesse estado, todos acham que ela precisa de motivação para superar isso e acabam fornecendo ajuda, e ainda bem que existem pessoas boas para isso!
Mas vamos analisar os fatos:
A motivação vem sendo estudada pela psicologia desde os primórdios do Século XIX, com a intenção de descobrir que força é essa que temos dentro de si capaz de nos levantar em qualquer âmbito. (Emocional, psíquico, mental)
Ainda falando sobre os estudos da psicologia, existiu um homem que foi pioneiro ao falarmos de motivação e seu nome é Abraham Maslow.
A. Maslow (1908-1970)
A. Maslow (1908-1970)
Maslow nasceu em 1908 no Brooklin, e era o mais velho entre seus irmãos. Sua história familiar é um tanto quanto triste, pois ele sempre foi o preterido pela sua mãe, fazendo com que ela o tratasse com desprezo e muitas vezes com ódio. Porém tudo isso foi um dos principais motivos para ele começar estudar sobre como ser uma pessoa motivada independente do que aconteça.
Na sua vida acadêmica, começou à cursar direito, porém viu que não era o lhe agradava até se transferir para Universidade de Wisconsin e começar o curso de Psicologia, onde mais tarde se formou e alcançou mestrado e doutorado.
A sua principal obra e contribuição foi sem sombra de dúvidas a Hierarquia de necessidades, onde ele acreditava que tínhamos que seguir nossa vida obedecendo a uma pirâmide de necessidades, onde só poderíamos chegar a auto realização se concluíssemos todos os níveis com sucesso, um por vez. E foi daí que a palavra motivação ganhou força na sua vida.
Ao criar toda essa teoria, ele fundou também um novo tipo de abordagem psicológica chamada de Humanismo, que até hoje é amplamente conhecida e usada como método introspectivo por vários profissionais da área. E é aí que fica interessante pra gente, porque; a visão que ele tinha sobre a motivação era um pouco diferente do que a maioria de nós conhecemos hoje, e é a de que se faz necessário que; o indivíduo consiga achar dentro de si, uma força impulsionadora que seja capaz de levar o mesmo até a auto realização.
Diferente do que se pensa normalmente, palavras bonitas, discursos dignos de ser aplaudido, perspectivas boas implantadas por um terceiro, NÃO podem te motivar, seguindo essa linha de raciocínio.
O que ele diz em relação à outrem motivar alguém, é referente quanto ao papel do psicólogo em que; enquanto terapeuta, é dever do mesmo apenas guiar a pessoa até o conhecimento dela mesma, onde se mostra a sua própria capacidade de criar motivações a partir da subjetividade interna de cada indivíduo.
Porém para que fique mais fácil essa compreensão, segundo Maslow é necessário que o indivíduo alcance um nível de clareza psíquica onde entenda que o passado já não importa, e que tudo que aconteceu ou acontece na sua vida é de responsabilidade dele mesmo, e que é dele também, a responsabilidade de mudar, através do processo que o leva de encontro à auto realização.
Diferente do que se pensa normalmente, palavras bonitas, discursos dignos de ser aplaudido, perspectivas boas implantadas por um terceiro, NÃO podem te motivar, seguindo essa linha de raciocínio.
O que ele diz em relação à outrem motivar alguém, é referente quanto ao papel do psicólogo em que; enquanto terapeuta, é dever do mesmo apenas guiar a pessoa até o conhecimento dela mesma, onde se mostra a sua própria capacidade de criar motivações a partir da subjetividade interna de cada indivíduo.
Porém para que fique mais fácil essa compreensão, segundo Maslow é necessário que o indivíduo alcance um nível de clareza psíquica onde entenda que o passado já não importa, e que tudo que aconteceu ou acontece na sua vida é de responsabilidade dele mesmo, e que é dele também, a responsabilidade de mudar, através do processo que o leva de encontro à auto realização.
Assinar:
Postagens (Atom)
Megda Blog
Criado em 2010 com fins que eu nem sei explicar o porque, eu fiz o blog para postar sobre coisas que eu procuro na internet e também queria ganhar a atenção das pessoas para assuntos realmente interessantes. Quando criei eu tinha apenas 15 anos e o conteúdo era mais infanto-juvenil do que algo realmente sério.
Hoje, com 24 anos estou reativando o MegdaBlog com o intuito de trazer assuntos sérios ou não, mas que sejam eles interessantes e prendam a atenção de quem está lendo. Hehe
Bom, meu nome é Mateus Megda Marques, tenho 24 anos, sou baterista e estudante de psicologia. Moro no interior de São Paulo e sou gente boa, quem quiser me conhecer pode procurar Mateus Megda no face que só tem eu lá, haha
É isso galera, e beijo do Megda pra vocês :*